PESQUISE DIRETO

29.3.09

formula da felicidade

A cultura moderna sai a campo para pregar as necessidades dos tempos. Escritores, artistas, homens do pensamento, reformistas, falam exaltadamente da regeneração esperada; condenam a sociedade, de cujos erros participam todos os dias, fazem a exposição das angústias da época, relacionam as suas necessidades, mas, se as criaturas bem-intencionadas lhes perguntam sobre a maneira mais fácil de socorrer o homem aflito dos tempos atuais, essas vozes se calam ou se tornam incompreensíveis, no domínio das sugestões duvidosas e das hipóteses inverossímeis.
É que o espírito humano está esgotado com todos os recursos das reformas exteriores. Para que a fórmula da felicidade não seja uma banalidade vulgar, é preciso que a criatura terrestre ouça aquela voz — "aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
Os reformadores e os políticos falarão inutilmente da transformação necessária, porque todas as modificações para o bem têm de começar no íntimo de cada um. É por essa razão que todos os apelos morrem, na atualidade, na boca dos seus expositores, como as vozes clamantes no deserto; ninguém os entende, porque quase todos se esqueceram da transformação de si mesmos, e é ainda por isso que, no frontispício social dos tempos modernos, no planeta terrestre, pesam os mais sombrios e sinistros vaticínios. Emmanuel - 1938

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